Em tese, uma assinatura segura seria aquela que permitisse identificar, categoricamente, sua autenticidade ou falsidade. Portanto, isto implicaria na impossibilidade de qualquer falsário imitar a assinatura em questão.

Se é possível ou não a criação de uma assinatura “infalsificável”, trata-se de tema controverso e muito debatido entre os peritos. Afinal, a falsificação envolve não somente os elementos constituintes da própria assinatura, mas as habilidades e práticas do falsificado. Razão esta que torna este tema tão obscuro.

De qualquer maneira, é possível elencar alguns elementos que tornariam uma assinatura mais segura, a saber:

1. Traçado extenso.
2. Métodos de construção complexos.
3. Traços curvos e longos.
4. Momentos gráficos longos.
5. Traçado dinamogênico.
6. Pontuais variabilidades naturais em suas características gráficas.
7. Levantamentos discretos do instrumento escritor.
8. Construções exóticas.
9. Ritmo gráfico sem interrupções durante o levantamento da caneta.
10. Presença de ataques progressivos e arrastes da caneta entre os momentos gráficos[1]

Portanto, através da inserção de algumas destas características em seu gesto gráfico, certamente sua assinatura será mais segura. Obviamente nem todos estes requisitos poderiam ser aplicados por qualquer pessoa, tendo em vista que o gesto gráfico é intimamente ligado à psique e a evolução gráfica de determinados punhos simplesmente não permitiria a elaboração de um traçado dinamogênico, de construções exóticas, etc

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1 FEUERHARMEL, Samuel. Análise Grafotécnica De Assinaturas. São Paulo: Millenium, 2017.